2 de out. de 2006

TRANSLUCIDEZ

a lua redonda
se apaga no infinito de mim mesmo
resta o brilho dos olhos
ao te ver chegar
e o calor do pé na noite fria
no inferno de sua ausência
não adianta sentir amanhecer
o perfume das rosas
se os espinhos do que fomos
ainda perpassam
e ferem minhas ilusões
outrora de nós dois
a lua redonda
símbolo de nossa primeira noite de amor e de poesia
anoitece para novamente amanhecer
do novo calor do sol
que emana de nosso desgosto
raspando de meu rosto
o símbolo do que você construiu em mim