30 de set. de 2011

TUDO ME DIZ QUE ÉS FELIZ

Uma nuvem de fumaça
um pombo-correio
um beija-flor
tudo me diz
que és feliz
 
O sol de brilho mais intenso
o riso que irradia bem estar
sua vontade que não está mais a desejar
tudo me diz
que és feliz
 
Saber de ti é bom
se as vezes doe no peito a saudade
se as vezes músicas do rádio ao fim da tarde
remetem-me a lembrança o som
de momentos paz e alegria
de tempos de grande harmonia
nas fontes do amor
 
O silêncio de ações
o rubor de tuas feições
a ausência de lágrimas
tudo me diz
que és feliz
 
A missão que a mim foi imposta
de anseios de sua felicidade
enfim está concretizada
porque tudo me diz
que és feliz
 
 
 

26 de set. de 2011

AUSÊNCIA

"dedicado à amiga que se tornou mais uma estrela no céu" 26.9.11
 
Espaço vazio
ausência se faz sentir
os seus negros olhos
se quedam na lembrança
e seu sorriso largo de criança
 
Já não bate o coração físico
resta o ícone do amor
resta a dor da saudade
consola saber que renascerás
e brilharás com sua luz
por todo o universo
em seu novo lar.
 
 

  

18 de set. de 2011

É NOITE... TUDO SE SABE!

Não é lua cheia... mas...

NOVO DIA

O sol brilha
a esperança se renova
as nuvens já não são importantes
o calor até incomoda
o verde e o azul
são duplas camadas
do amor que se completa
e que se espera
basta um sutil aceno
basta um estrondoso trovão
e o amor brilhará como o sol 

17 de set. de 2011

ESPERANDO

uma carta
uma resposta
um bebê
um dia melhor
uma noite menos pior
um cadê
uma nova porta
uma nova data
um novo dia
uma nova oportunidade
encontrar a felicidade

9 de set. de 2011

TECS TECS

Ouvem-se vários tec-tecs
da extremidade digital
sede do palácio colonial da solidão efêmera
que com elegância se pode findar
rusgas em almas biunívocas
aspirações que se atrofiam na onda
ouvem-se o silenciador de frases mal traçadas
desalinhos das salas das conversas
dunas de concretos nas fontes de babel

Temerosos buscam os amantes
escandalosos quebram barreiras
ainda assim desejosos de prazer e afeição
moradores inebriados do céu e das estrelas
amores de tempo e contratempo se esvaem na desilusão

Fim dos tempos
outrora tão sonhados
Fim dos dias
Nem sempre ensolarados
na veia dos fatigados
sonhadores desvairados
êxtase experimentado
xale despedaçado
instinto desafogado

CHUVA

A alma chora
como a chuva
que cai lá fora
no sonho ela dizia
dê-lhe proteção
quando eu fui
sofri sob os braços dela
e te busquei no futuro
para acompanhá-la na vida inteira
essa vida que se vive só
essa vida que se tem dó
crendice rima com meu nome
e revertido rima com o dele
a chuva chora
a chuva anda
a chuva molha a salamandra
limpa o fim de agosto
início de nova era